O projeto que aqui se propõe é um passeio sob tessituras digitais a partir da materialidade têxtil presente no acervo do MAG. No esforço do espaçamento e das tensões que arrematam as linhas presentes nas tapeçarias e constituições têxteis encontradas no site do Museu é proposto 5 possibilidades de tapeçaria digital para hospedar padronagens, cores, sobreposições, texturas e signos correlatos à produção têxtil de goiás.
Uma exposição pensada em ser exibida online e tendo como locus de pesquisa o acervo virtual do Museu de Arte de Goiânia me faz operar dentro do mesmo campo de execução.
Percebo, cada vez mais, que ao me hospedar dentro das plataformas digitais a máquina e o ciberespaço capturam parte da minha forma ver, pensar e agir no mundo. Antes de qualquer juízo de valor a respeito dos danos ou das benéfices dessa captura epistêmica há de se reconhecer que a máquina corresponde cada vez mais próxima dos processos de criação, desde a concepção inclusive dessa mesma escrita.
Se a forma de ver, pensar, compreender e agir no mundo será, em um futuro próximo, compreendida pela cibercultura proponho a inserção do processo poético a partir da mesma a ponto de confundí-la. Confeccionando tapeçarias em softwares de edição de imagem conduzindo/trançando linha por linha e expandindo sua capacidade reprodutiva dentro do próprio logaritmo ao ponto de gerar erro e sobrecarga do sistema de edição. Subvertendo a própria aplicabilidade funcional da máquina, forçando-a a operar em novas funções com a produção de glitches.
O projeto pretende então apresentar 5 imagens digitais de tapeçarias produzidas em software de edição de imagem como tear.
Estratégia do hospedar para modificar por dentro. Hostilizar estruturas como anti captura epistemológica.