Série de monumentos para a cidade de Goiânia
2022
Esculturas
O projeto aqui apresentado faz parte de uma pesquisa realizada no acervo do Museu de arte de Goiânia, onde ao acessar e ter contato com as obras que o compõem, tive algumas ideais recorrentes em todo o processo, sendo uma delas o pensamento sobre o museu ser um espaço em que se abriga recortes históricos e existenciais, sendo assim marcos surgem. Trago como proposta a criação de monumentos, sendo estes frutos do meu de interesse em propor disfuncionalidades, tentar realizar o inútil e comentar historicamente algumas coisas recorrentes ao ser humano.
O primeiro monumento proposto a sua construção é o da preguiça, sendo ele composto por um carro de transporte de materiais diversos, feito de aço e com uma rede de tecido de algodão esticada sobre ele, podendo assim quem quiser ativa-lo que fique à vontade, pois uma das propostas é que a forma rígida e fria dos monumentos se acabe e que não só simbolicamente ele funcione, más também abrigue, nesse caso a preguiça.
Já o segundo monumento é para a frase ‘’por que e pra que?’’. Neste projeto desejo eleger tal questão como uma das primordiais ao ser humano, principalmente ao artista, pois sempre me questionaram com essas duas questões e sempre me vi em um espaço de proposições não funcionais e que ela não fazia sentido, más que para os outros era primordial, então em homenagem a quem busca funcionalidades e respostas cartesianas nas coisas, proponho a devoção ao monumento ‘’ por que e pra quê ‘’, sendo ele formado por um chassi de carro adaptado para abrigar um painel de madeira, onde será pintada as frases que compõem o monumento.
O terceiro monumento é uma homenagem aos chatos Duchampianos, tendo o titulo de: Isso já foi feito? Não, não achei pronto. O monumento é composto por uma bicicleta monareta fixada sobre um banco de madeira, em referencia a roda de bicicleta do Duchamp. Este monumento é um bilhete aos chatos da arte que não entendem que diálogos existem e que criações genuínas estão em falta, isso acontece a décadas. Seguimos nos devorando e regurgitando novas criações, proximidades não são raras e causalidades existem, já havia desenhado, agora proponho um monumento para a assimilação.
O quarto monumento é para quem gosta de tomar um AR, sendo este composto de uma jaula móvel de 2 metros por 1 de largura, onde a proposta é aprisionar o ar na mesma. Esse monumento também serve e faz referência aos que fazem o inútil ou que pelo menos seguem tentando por meio de exercícios artísticos.
Sendo o quinto monumento uma proposta simples e de apreço pelo outro, ele é o monumento pra quem gosta de viajar em grupo, sendo ele composto pela junção de quatro carrinhos de carregar malas, em cores primarias um encaixado ao outro, simbolizando a união e a amizade.